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"A amorosidade de que falo, o sonho pelo qual brigo e para cuja realização me preparo permanentemente, exigem em mim, na minha experiência social, outra qualidade: a coragem de lutar ao lado da coragem de AMAR!!!" Paulo Freire

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terça-feira, 1 de maio de 2012

O ATO DE EDUCAR: CONDIÇÃO PARA EFETIVAÇÃO DE UMA APRENDIZAGEM AFETIVA

O ATO DE EDUCAR: CONDIÇÃO PARA EFETIVAÇÃO DE UMA APRENDIZAGEM AFETIVA

Já é um consenso entre os pensadores da educação, traduzido inclusive na Nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9394/96, que a educação é um processo de vida e não uma mera preparação para a vida. Sendo assim, há de se ressignificar os processos didáticos, de modo que, através deles, possa a vida fazer parte do cotidiano educativo.

Essa ressignificação passa primeiramente pelos conceitos que se tem a respeito de educação e a quem, ou o quê, ela se destina. Para isso, há de se ter uma visão mais significativa e ampla do mundo em que vivemos, seus conceitos, sua utopia, e o tipo de cidadão que ele (o mundo), precisa para enriquecê-lo, transformá-lo e pensá-lo de forma mais crítica, criativa e amorosa.

Ao se falar em mundo em que vivemos, é preciso também demonstrar: que tipo de mundo é esse. Mundo do trabalho? Mundo político? Mundo intelectual? Mundo Globalizado? 

Não se pode simplesmente determinar que a escola deva formar um cidadão para atuar no mundo do trabalho, ou no mundo político, ou no mundo intelectual. Isso seria no caso, tarefa da educação acadêmica onde os seres humanos vão se especializando até encontrar o caminho a que se pretende atuar. A escola básica, e é a ela a que vamos nos referir, deve pensar numa formação que todos deveriam ter, independente do papel social e econômico que virá a ter no futuro. 

Desse raciocínio é que se vai priorizar os conhecimentos que esses cidadãos vão precisar, e entre eles: O domínio de diferentes linguagens, capacidade de utilização de equipamentos sofisticados, boa comunicação escrita, talento para trabalhar em equipe, iniciativa de tomar decisões e a capacidade de adquirir e processar novas informações.

Essas habilidades para serem de fato desenvolvidas vão desmontar muito daquilo que acreditamos ser uma relação professor - aluno, aluno - professor, metodologia, métodos e técnicas educacionais, objetivos de ensino, currículo, pedagogia e didática. Elementos de todo o processo ensino-aprendizagem.

Percebe-se que durante um bom tempo, mais precisamente a partir da década de 80, pesquisadores em educação, teorizaram muito mais sobre o que deveria ser ensinado, ou como um sujeito aprende, abandonando técnicas e maneiras de se ensinar, como se assim tivessem se distanciando de uma educação bancária, aquela com um fim em si mesma. Com isso, muitos professores foram formados teoricamente, enquanto que na prática "se viraram" em busca de "receitas" que resolvessem questões simples, como alfabetizar, por exemplo. A técnica, ou estratégia em si mesmo realmente não se convence, mas, enquanto um caminho, com objetivos bem claros e definidos, torna-se essencial para aqueles que fazem o educar um exercício crítico, criativo e construtivo.

É claro que sendo o aluno o agente da aprendizagem e o professor aquele orientador/facilitador dessa aprendizagem, é necessário alguns instrumentos que o ajudem facilitar esse processo. Além disso, há de se considerar que não existem dois sujeitos iguais e, portanto, não se aprende do mesmo jeito, ao mesmo tempo, de maneira semelhante. A inteligência é algo que vai se construindo gradualmente pela estimulação e o desafio. Desafio este que depende de uma seqüência lógica, psicológica, ou seja, continuidade. Sendo assim, o professor deve adaptar sua ação a essas realidades tão diferenciadas, ou seja, tratar diferentes, de maneiras diferentes, dando oportunidades iguais para a aprendizagem.

Além disso, temos o que se chama de Motivação, que é aquilo que faz com que queiramos aprender ou saber algo. Sem essa motivação, é impossível que se convença alguém a mudar um comportamento, uma postura, ou adquirir um novo conhecimento. O professor neste caso tem um papel fundamental, já que ele pode proporcionar em suas aulas situações motivadoras, relacionando aos conhecimentos que seus alunos já possuem, e/ou através de diferentes estratégias sistêmicas, seqüenciais e combinatórias.

Se não contamos ainda com suficiente conhecimento de teoria e pesquisa para saber quais são as características pessoais que mais influem sobre a aprendizagem e de que maneira o fazem; na verdade temos pistas, o primeiro passo é considerar primeiro que, estamos lidando com pessoas, pessoas que nada mais são que um conjunto de diferentes aspectos intrínsecos e extrínsecos a ela e que lhe dão características próprias e singulares, com uma forte carga de conteúdo emocional, ou seja, afetividade. Sendo assim, ao se perguntar como ensinar, caso já se tenha definido o que ensinar, respondo: escute o seu coração. Coloque amor nos seus atos educativos, tempere os conteúdos com carinho, e proponha situações onde todos se sintam felizes.

Educar para o deleite, para a felicidade, deveria ser o objetivo número um de todas as propostas curriculares e planejamentos de ensino. Educar é uma atitude séria, comprometida, mas pode (e deve) também ser prazerosa, para todas as partes, professores e alunos. E mais, embora não desconsidere todos os fatores internos e externos desse processo, a forte carga de compromisso, vai depender primeiramente daquele que escolheu a docência como profissão e, portanto, objetivo de vida.

BIBLIOGRAFIA

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. 18 ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

VEIGA, Ilma A (org). Técnicas de Ensino: Por que não? São Paulo: Papirus, 1991.
 
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Categorias: FUNDAMENTAÇÕES TEÓRICAS

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